por Jorge Krekeler

Art 47. Criação mútua

Em Catachilla e Rancho Nuevo, duas comunidades do município de Santivañez, Cochabamba – Bolívia, um grupo de pessoas nas suas hortas agroflorestais familiares  consegue se adaptar à crise climática e particularmente ao estresse hídrico extremo.  Como coletividade marca a rota de criação mutua, baseado na ideia de “aprender ensinando e ensinar aprendendo”; recuperando a partir da relação socioambiental bens comuns como água, solo, biodiversidade e semente, além da cultura alimentar.  Tudo começa com uma inciativa, induzida a partir de diversos projetos, conseguido aos poucos uma emancipação plena dos apoios externos. O grupo se constitui como “Produtorxs agroecológicos Eco-Hortas” e “Feira Agroecológica Eco-Hortas” e, o que é mais importante tal vez, foram se empoderando do processo. Essa troca de protagonismo, do projeto ao processo autodeterminado e autónomo do tecido comunitário é um roteiro tão comum que busca ser alcançado em muitos projetos, mas que poucas vezes é atingido. À pergunta: Por que se conseguiu aquilo que é tão raro de acontecer então? No geral, não há possibilidades de adaptar o projeto a realidades que mudam e são mudadas, levando assim o projeto a terminar numa tentativa falha deacomodar a lógica da realidade à lógica do projeto… parece que aqui ocorreu o inverso.

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Art 56. Mulheres que não param

Produção e alimentação por Jorge Krekeler “Somos agricultoras, somos líderes, somos mães, somos esposas”, é o testemunho das integrantes do Comité de

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